Documentários
Dolores Duran: O Coração da Noite
Chiquinha Gonzaga: Música Substantivo Feminino
Meu primeiro longa metragem como diretor, realizado em parceria com Juliana Baraúna esse documentário realiza um percurso afetivo e histórico na vida da cantora e compositora Dolores Duran.
Dona de uma trajetória intensa e breve, de dramas e sucessos, dores e delícias. Dolores Duran nasceu Adileia Silva da Rocha no dia 07 de junho de 1930, no bairro da Saúde no Rio de Janeiro, filha de uma costureira sergipana e de um pernambucano sargento da marinha.
Cresceu ouvindo o rádio, anotando letra de música, escrevendo poesia, desenhando vestidos e sonhando em ser cantora. Aparece no rádio, pela primeira vez aos 11 anos. Na adolescência, estuda canto lírico, mas não continua, por não encontrar na ópera, menina s negras como ela. Escolhe a música popular
Aos 19, se rebatiza. Vira Dolores Duran e se apresenta com regularidade Rádio Nacional e nas boates de Copacabana, os palcos principais da música brasileira na década de 1950. Logo, começa a mostrar suas letras por aí. Seu primeiro parceiro era um então desconhecido pianista chamado Tom Jobim. Sozinha ou em parceria compôs clássicos inesquecíveis da música brasileira. Marca o seu nome na história, como compositora, pela sofisticação e ousadia de suas letras e por apresentar um pioneiro ponto de vista feminino no universo de amores complicados do samba-canção.
Também amou, desamou, bebeu bem, tomou banho de mar de madrugada, casou, separou, adotou uma filha, fez uma turnê pela União Soviética, deu um perdido pra conhecer Paris, fez longos almoços para as amigas, sustentou a família, viveu mais a noite do que os dias. Morreu aos 29 anos.
Mais de sessenta anos após a sua morte, entrevistamos amigos, amores e familiares de Dolores Duran para este filme. Impressiona a vivacidade de suas memórias. Quando contam uma confidência, traquinagem, ou proeza de Dolores, parece que falam de alguém que encontraram ontem. A vida pulsa em cada relato. E se em alguns momentos a voz embarga, o luto logo vai embora. É substituída por uma presença magnética e irresistível de uma mulher a quem era impossível permanecer indiferente.
Produção: Cine Group
Exibidor: Curta!
Direção: Juliana Baraúna e Igor Miguel
Duração: 67 minutos
Estreia no In Edit 2023
Disponível via Amazon, pela plataforma Curta On.
Você pode assitir ao trailer e ter mais informações sobre o filme na página do In Edit.


Tive a alegria de dirigir, junto com Juliana Baraúna esse documentário sobre uma das personagens fundamentais da música brasileira.
A trajetória de Chiquinha Gonzaga é um convite a liberdade. Neta de escravizada, criada para ser subalterna ao marido e a família, Chiquinha rompeu com preconceitos e costumes de sua época para viver de música. Criou uma obra vasta, com valsas, choros, maxixes, polcas, operetas teatrais, que ajudou a moldar a música brasileira. Através do depoimentos de entrevistadas como sua biógrafa Edinha Diniz e a filósofa Helena Theodoro, o documentário mergulha na trajetória, no tempo e na música de Chiquinha Gonzaga.
Com performances musicais das pianistas Clara Sverner, Maria Teresa Madeira, Cláudia Elizeu e do grupo Chora Mulheres na Roda.
Produção: Cine Group
Exibidor: Curta!
Direção: Juliana Baraúna e Igor Miguel
Duração: 56 minutos
Disponível via Amazon, pela plataforma Curta On.
Você pode assitir ao trailer e ter mais informações sobre o filme na página do In Edit.
Karingana, Licença para contar

Karingana ua Karingana é uma expressão em ronga, um dos muitos idiomas falados de Moçambique, na costa leste da África. É um pedido de licença, feito pelo contador, antes de iniciar uma história. O documentário "Karingana Licença para Contar" apresenta uma das mais belas narrativas moçambicanas: a história da sua própria literatura. De arma na luta pela independência e meio de formação de uma identidade, à expressão artística de escritores reconhecidos no mundo inteiro. O filme, conduzido a partir da primeira apresentação de Maria Bethânia, no país conta com a entrevista de diversos professores e pesquisadores moçambicanos, além de escritores consagrados, como Mia Couto e Paulina Chiziane, vencedora do prêmio Camões 2021 e poetas da nova geração. Fiz a pesquisa, o roteiro de gravação e conduzi algumas das entrevistas realizadas em Moçambique.
Produção: Cine Group
Direção: Mônica Monteiro
Duração: 73 minutos
Exibidor: Curta!/ Globoplay
Ano de Estreia: 2017 (salas de cinema e Canal Curta!)
Participação no Festival do Rio- 2017 e no FESTIN- Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa- 2019
Disponível nas plataformas Curta ON e Globoplay.
Mais informações: aqui. Você pode assistir ao trailer deste filme: aqui.

Entrevistando a escritora Paulina Chiziane para o documentário Karingana
Zuza: Homem de Jazz

A trajetória e as memórias do crítico musical e jornalista Zuza Homem de Mello, a partir da sua relação com o jazz e do encontro com velhos conhecidos do mundo da música. Colaborei na pesquisa e no roteiro do filme, em um processo que envolveu longas e belas conversas com Zuza, sua companheira e produtora Ercília e a diretora Jana. Também fiz a assistência de direção, nas sequências gravadas em Nova York.
Produção: Cine Group/Curta!
Direção: Janaína Dalri
Duração: 91 minutos
Ano de Exibição: 2018 (salas de cinema e Canal Curta!)
Participação no Festival do Rio- 2018 e no FESTIN- Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa- 2019
Mais informações: aqui. Você pode assistir a uma reportagem sobre este filme: aqui.
